O polêmico e maior projeto de mineração em expansão em Minas Gerais ganhou nova autorização para prosseguir com suas atividades. O chamado “Step 3” da Anglo American, mesmo sendo denunciado como um “atropelo” por ambientalistas e pela população atingida, além de ser duramente questionado pelo Ministério Público de Minas Gerais, recebeu o “sim” de dez conselheiros da Câmara Técnica de Atividades Minerárias do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). O solitário voto “não” veio da única conselheira votante que não é ligada a nenhum órgão governamental e nem a entidades do setor produtivo ou da própria mineração.
Como o Lei.A já mostrou (link e link), o “Step 3” está ligado ao empreendimento conhecido como “Sistema Minas-Rio”, que possui entre suas estruturas, um mineroduto com 520 quilômetros de extensão, que vazou duas vezes em 2018, uma mina que vem sendo ampliada e chegará a 12,5km de extensão, além da barragem de rejeitos, que afeta diretamente os municípios de Conceição do Mato Dentro, Dom Joaquim e Alvorada de Minas.
Desde que o projeto Minas-Rio começou a ser instalado, em 2008, moradores dessas comunidades vêm denunciando uma série de violações ambientais e sociais. A colocação do pedido de licença para a nova expansão do projeto Minas-Rio foi muito questionada. Entidades alegam que as condicionantes das fases anteriores ainda não foram cumpridas e as comunidades permanecem sem a garantia de critérios justos para o seu reassentamento, principal reivindicação das famílias.
No início da próxima semana o Lei.A trará mais informações sobre o tema.
Confira o nome dos conselheiros da Câmara Técnica do Copam e como votaram
3 Comments
Gente,pelo amor de Deus,esses irresponsáveis querem acabar com o meio ambiente! E o quê deixarão para as futuras gerações???Apenas destruição!
A causa da praga que está matando o mundo estava na desmedida ambição humana, e que as conseqüências serão um genocídio ambiental.
Augusto Rushi.
Confesso que não entendo!!! Trata-se de uma área já protegida, tombada em todas as esferas, ainda assim interesses individuais se sobrepõem aos interesses coletivos. Agora entendo quando o Ex Ministro do STF rasgou a constituição.
Como pode haver uma votação onde somente duas pessoas são representantes de organismos de preservação e ainda assim o representante do IBAMA sofre liminar e é impedido de votar.
Sinceramente, isso cheira mau, muito mau……
Fui nesta reunião e eles ficavam olhando celular , alguns saíram da sala. o presidente da mesa ficava conversando com o coleguinha, enquando a comunidade de brumadinho se pronunciava. muita falta de respeito e falta de consciência. Só a Maria Teresa tem consciência e dignidade dentre todos.