Rota Lei.A | Como visitar sítios de arte rupestre em MG

Listamos os principais sítios abertos à visitação estruturada em Minas Gerais, além de um manual de boas maneiras em sítios arqueológicos  

Conheça o trabalho dedicado dos arqueólogos para recuperar, restaurar e devolver às pessoas o patrimônio cultural protegido 


A visitação de sítios arqueológicos é tema que suscita discussões. Ainda que a maioria dos turistas e visitantes procurem esses lugares com genuíno interesse e curiosidade, e jamais com a intenção de danificá-los, a visitação irregular ou desestruturada pode prejudicar espaços tão sensíveis. Países dependentes economicamente de seus acervos arqueológicos, como Egito, México e Peru, têm tido dificuldade para conciliar visitação e preservação. 

Por outro lado, a finalidade da pesquisa e da restauração é a preservação dos sítios, do conhecimento e das memórias que eles nos permitem acessar. Seu propósito é a disposição de todo esse saber para usufruto coletivo – inclusive porque a compreensão é um elemento essencial à conservação e à gestão desse patrimônio pelas gerações futuras. 

Por entender que a difusão do conhecimento é a condição de sua preservação, oferecemos, neste último episódio da série especial Rota Lei.A | Como visitar sítios de arte rupestre em Minas Gerais. 

Vamos viajar pelos principais sítios com grafismos rupestres abertos à visitação em Minas, onde haja estrutura adequada e oferta de visitas guiadas. Também produzimos um manual de boas maneiras para visitação em sítios arqueológicos, tendo em vista que não encontramos nenhum documento do tipo disponível nos órgãos públicos.

Antes, todavia, vamos mostrar o trabalho dedicado e cuidadoso dos profissionais da arqueologia para recuperar, restaurar e devolver às pessoas essas pequenas janelas para o passado da humanidade. Vamos conhecer a Gruta do Ballet, marco da restauração de painéis rupestres em Minas, e acompanhar o início de um projeto de recuperação em Unaí, noroeste do estado, no sítio onde foi encontrada, em excepcional estado de conservação, a múmia Acauã. 

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Recuperar e restaurar

Nessa série especial do Lei.A, o tema da destruição do acervo arqueológico brasileiro foi uma constante, tendo em vista a profusão de maus exemplos e as dificuldades que os profissionais da arqueologia enfrentam, do ponto de vista material e institucional, para a realização dos trabalhos científicos. Mas há grandes iniciativas, tanto no passado como no presente, que precisam ser reconhecidas, apoiadas e difundidas.

A recuperação e a restauração de sítios arqueológicos é um trabalho extremamente difícil, delicado, lento e dispendioso. É preciso condições materiais e conhecimento técnico obtido por anos de pesquisa, de campo, de aperfeiçoamento e de rigor científico. Por que devemos recuperar sítios arqueológicos ou murais rupestres? Entre outras coisas, para devolvê-los ao tempo e à história dos povos.   

Arqueologia indígena no Brasil Central

Fonte: Phibra

Localizada em Unaí, região noroeste de Minas, no fim dos anos 1970, por equipes do Instituto de Arqueologia Brasileira, a Gruta do Gentio II ficou abandonada e desprotegida desde meados da década de 198o. Ela constava, inclusive, em sites de órgãos públicos, como local turístico, porém sem nenhum indicativo de sítio arqueológico cadastrado ou da necessidade de guias e maiores cuidados quanto à visitação. 

Com isso, vestígios do sítio – um abrigo rochoso caracterizado pelo alto nível de conservação dos materiais arqueológicos graças à estabilidade do seu microclima – sofreram consideráveis avarias. Mas seu grande potencial, pela localização estratégica, entre os rios São Francisco e Tocantins, faziam a retomada das pesquisas ali bastante promissora para o estudo da habitação humana do Brasil Central, a circulação e os contatos com grupos de outras regiões.

Escavação da Múmia Acauã. Foto: IAB


O Projeto Arqueologia e História Indígena no Brasil Central (Phibra), coordenado pelos arqueólogos Francisco Pugliese e Eduardo Góes Neves, do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Núcleo de Arqueologia Indígena (NAI) da Universidade de Brasília (UnB), e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), recebeu autorização de pesquisa do Iphan no sítio, inicialmente, por três anos.  

Gruta do Gentio II

Foto: Phibra


Segundo o arqueólogo Francisco Pugliese, a Gruta do Gentio II guarda surpreendente variedade de vestígios, com conservação excepcional, desde ossos humanos e de animais, plantas, tapizarias, tecidos, penas, cerâmica e painéis rupestres de diferentes épocas, não raro sobrepostos. 

Veja a projeção 3D de Acauã, a múmia encontrada da Gruta do Gentio II, clicando aqui.


Em 1977, foram encontrados no sítio restos de uma menina, de cerca de 12 anos de idade, a qual deu-se o nome de Acauã, que viveu há 3.500 anos. Devido a um processo de mumificação natural, em função do ambiente seco da gruta, e de uma fina rede de algodão que a envolvia, o estado de conservação era notável. 

“O sítio arqueológico, no momento em que ele é aberto, nunca mais pode ser abandonado. A rigor, essa responsabilidade é do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), de manter a integridade desses sítios arqueológicos”, diz o arqueólogo Francisco Pugliese, um dos coordenadores do projeto. Segundo ele, a ideia não é isolar o sítio para a pesquisa, mas recuperá-lo e devolvê-lo ao público, ressalvando que há uma forma adequada de se fazer isso. Conheça um pouco mais sobre a Gruta do Gentio II, em Unaí (MG), com o arqueólogo e pesquisador da USP, Francisco Pugliese.


Recuperação e formação: o Sítio-Escola

Além de recuperar o sítio, tornando-o apto a receber novas escavações e pesquisadores, bem como o público, embora de forma estruturada e sustentável, o projeto também forma arqueólogos por meio de capacitação teórica e prática em Arqueologia, de campo e em laboratório, passando por todas as etapas da pesquisa, do planejamento, identificação e escavação dos sítios à publicação do conhecimento científico produzido.

Entre alunos da USP e da UnB, de outras instituições e pessoal local, mais de 20 pessoas participaram das primeiras escavações de campo, no Carste de Unaí, em novembro de 2021, quando foram feitos os primeiros trabalhos de limpeza no local. Participaram pesquisadores em macro e micro vestígios vegetais, arqueo-zoologia, geo-arqueologia, educação patrimonial, entre outros.

“Coisas incríveis vão surgindo a cada novo olhar lançado sobre o conjunto guardado na Gruta”. disse Pugliese. Um exemplo do que merece ser estudado, restaurado e devolvido à apreciação das comunidades, segundo ele, são as pinturas rupestres. 


Gruta do Ballet: legado de Helena David

A Gruta do Ballet, no distrito de Mocambeiro, município de Matozinhos, Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), é um dos raros exemplos de sítio que teve suas pinturas rupestres restauradas em Minas Gerais. Ela fica na região do vale cárstico da Gruta de Poções, cuja relevância arqueológica e espeleológica foi reconhecida por tombamento pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha), em 1989.

O abrigo já vinha sendo sondado por arqueólogos estrangeiros desde a década de 1950, e seus grafismos rupestres foram copiados na de 1960. Mas foi a partir da década de 1970, com a Missão Franco Brasileira, que sondagens mais estruturadas foram feitas. O acervo material dessas pesquisas encontrava-se sob a guarda do Museu Nacional do Rio de Janeiro, que pegou fogo em 2018. 

Foto: Maurílio Costa

Foto: Instituto do Carste.


De acordo com relatos de colegas e pessoas próximas, quando do falecimento precoce da especialista, em 2010, havia outras restaurações planejadas, como a dos painéis da Gruta do Sumidouro. A Lapa do Ballet se encontra em área da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Fazenda Bom, pertencente à cimenteira Lafarge, responsável pela gestão e proteção da Unidade de Conservação.  

#monitore

Manual de visitação a sítios arqueológicos

Como foi dito, a fragilidade dos vestígios arqueológicos exigem a realização de visitas planejadas e bem infraestruturadas. O uso insustentável dos sítios os prejudica. Para ser viável, é preciso que regras de respeito ao patrimônio sejam observadas. É um processo que demanda educação e comunicação, sobretudo em sítios de visitação espontânea já consolidada. 

Ao Estado, cabe estruturar a visitação desses bens sob sua gestão. Ao cidadão, observar os cuidados com o patrimônio cultural.

Nós, do Lei.A, fomos em busca de informações sobre normas e procedimentos para a visitação turística de sítios arqueológicos ou abrigos com grafismos rupestres, mas não as encontramos, senão de forma esparsa, por diferentes órgãos públicos, cada qual em sua temática. Como vimos ao longo de toda essa série, a falta de informação é o primeiro passo para a destruição. O Lei.A juntou tudo numa lista só.

Como visitar sítios arqueológicos

#Viaja

Mapa com demarcações de Patrimônios Arqueológicos de MG. Clique aqui para acessar.


Talvez o mais marcante do acervo de grafismos e pinturas rupestres de Minas Gerais seja sua diversidade, tanto em termos de tradições e estilos, quanto na escolha dos temas, das cores, dos locais dessas inscrições na paisagem. Se é comum na região de Diamantina os peixes, veados e tatus, no Peruaçu se destacam as imensas figuras geométricas coloridas. Um pouco adiante, aparecem os abrigos totalmente pintados, com figuras de contornos humanos (antropomorfos). 

No apanhado a seguir, Lei.A deixou de fora alguns sítios importantes por falta de informações oficiais consolidadas sobre a operação atual dos parques. Outros, como os da Serra da Moeda, por exemplo, por falta de estrutura de visitação ou restrições à entrada de visitantes. Uma única exceção aqui, de parque citado mesmo sem acesso geral, foi o Parque Estadual da Cerca Grande, em Matozinhos, RMBH, único sítio arqueológico tombado nacionalmente pelo Iphan no estado, aberto somente a pesquisadores e estudantes.  



1 – Parque Estadual do Rio Preto (São Gonçalo do Rio Preto) 
350 km de BH

O Parque Estadual do Rio Preto é uma Unidade de Conservação estadual de proteção integral, no município de São Gonçalo do Rio Preto, no Vale do Jequitinhonha, criado em 1993, e gerido pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF).

Inserido na Serra do Espinhaço e com imponentes afloramentos rochosos, como o Pico do Itambé, o parque tem grande beleza cênica. Estão disponíveis diversos roteiros, entre eles o Roteiro das Pinturas Rupestres, onde foram identificados 32 sítios de interesse arqueológico, entre pré-coloniais e históricos. As atrações têm fácil acesso, mas a visitação é restrita, sendo obrigatória a presença de guias ou funcionários do parque.

O parque possui infraestrutura para receber turistas e pesquisadores, área de camping e casa de pesquisador, que também pode ser locada por visitantes. É cobrada entrada no valor de R$ 20 e o local pode ser visitado de terça-feira a domingo, das 8h às 17h. Também há serviço de restaurante.

A partir de BH, é possível chegar a São Gonçalo do Rio Preto pela BR-040, em direção a Brasília, depois acessar a BR-259 em direção a Curvelo, e de lá a Diamantina, pela BR-367. A MG-214 leva a São Gonçalo do Rio Preto, distante 15 km da portaria do parque, por estrada de terra batida bem sinalizada.

Contato: (38) 99801-8188
antonio.almeida@meioambiente.mg.gov.br
Facebook: @parquesaltojequitinhonha

Consulte o Planejo de Manejo da Unidade de Conservação clicando aqui.

2- Parque Estadual do Biribiri (Diamantina) 
290 km de BH

O Parque Estadual do Biribiri é uma Unidade de Conservação estadual de proteção integral, criada em 1998, no município de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, e gerida pelo IEF.

Na porção central da Serra do Espinhaço, o parque protege cachoeiras, trilhas e sítios arqueológicos pré-coloniais, com painéis rupestres, e pós-coloniais, como o “Caminho dos Escravos”, entre outras ruínas, pertencentes ao patrimônio cultural de Diamantina. As pinturas rupestres podem ser visualizadas na estrada de acesso à cachoeira da Sentinela.

O parque está aberto para visitação todos os dias, das 8h às 17h, com entrada gratuita. Não há estrutura para hospedagem no interior da Unidade de Conservação, mas há ampla infraestrutura na Vila do Biribiri e Diamantina. Não é permitida a entrada de animais, camping, fogueiras, churrasco ou alto-falantes. Deve-se evitar o uso de utensílios de vidro.

Partindo de BH pela BR-040, no sentido Brasília, deve-se acessar a BR-259 até Curvelo e seguir pela BR-367, sentido Diamantina. No trevo de acesso ao bairro Cidade Nova, seguir pela Av. Geraldo Edson do Nascimento até o número 600, onde fica a portaria do parque

Contato: (38) 3532-6698
parque.biribiri@meioambiente.mg.gov.br
Facebook: @parqueestadualdobiribiri

Consulte o Planejo de Manejo da Unidade de Conservação clicando aqui.

3 – Parque Estadual da Lapa Grande (Montes Claros) 
432 km de BH


O Parque Estadual da Lapa Grande é uma Unidade de Conservação estadual de proteção integral, localizada no município de Montes Claros, criado em 2006, para proteger sítios arqueológicos e históricos, conservar base geológica e os recursos hídricos. Gerido pelo IEF, o parque guarda mananciais responsáveis pelo abastecimento de 1/3 do município. 

O parque abriga mais de 50 cavidades, destacando-se a Lapa Grande, uma das maiores de Minas Gerais, com 2,2 quilômetros de extensão, de grande importância cultural. Dentre os vestígios arqueológicos e paleontológicos já identificados há cerâmicas, restos faunísticos, de vegetais, ossos humanos, pinturas e gravuras rupestres. 

Aberto de terça a domingo, das 8h às 16h. Porém, de terça à sexta o atendimento é realizado apenas para instituições de ensino, associações e ONGs. A entrada custa R$ 5 e há limite de 200 visitantes por dia, sendo 100 pela manhã e 100 à tarde. É obrigatório o cadastro na primeira visita e para ciclistas, bem como o acompanhamento de guia. Não é permitido praticar esportes motorizados. 

Partindo de BH pela BR-040, seguir até Caetanópolis, tomando então a MG-231. Use a LMG-754 para acessar a BR-135, em São Geraldo, e de lá até Montes Claros. No bairro Vila Atlântica, o visitante ainda terá aproximadamente 5 quilômetros de estrada de terra até a portaria do parque.


Contato: (38) 2101-6850 / (38) 99869-3468 
pelapagrande@meioambiente.mg.gov.br
elisangela.mota@meioambiente.mg.gov.br

Instagram: @parqueestadualdalapagrande

A Unidade de Conservação ainda não possui plano de manejo. No blog do parque você encontra mais informações sobre visitação.

4 – Parque Nacional Cavernas do Peruaçu (Januária, Itacarambi e São José das Missões) 
650 km de BH


O Parque Nacional Cavernas do Peruaçu é uma Unidade de Conservação federal de proteção integral, criada em 1999, nos municípios de Januária, Itacarambi, e São João das Missões, no Norte de Minas, para preservar o patrimônio arqueológico, geológico e natural da região. Estão catalogados mais de 80 sítios arqueológicos, alguns com datações de 12 mil anos. A gestão é do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

As grutas, lapas e paredões com pinturas rupestres estão abertos à visitação, como a Gruta do Janelão e as Lapas dos Desenhos, do Índio, do Caboclo e do Boquete. Os grafismos abarcam várias tradições e estilos sucessivos, fornecendo informações relevantes sobre as ocupações do Brasil Central. O parque abriga ainda trilhas e mirantes.

O Parque não cobra entrada e não possui estrutura de hospedagem e camping. A portaria fica em Januária, onde há opções de hospedagem. As visitas devem ser agendadas e é obrigatória a contratação de guia. A administração orienta que o visitante planeje e pesquise as trilhas com antecedência para conhecer sobre o grau de dificuldade. 

A sede do Parque fica na comunidade do Fabião I, às margens da BR 135, quilômetro 155. Partindo de BH, o acesso pode ser via BR-040 até o trevo para Curvelo. De lá, pegar a BR-135 até Montes Claros. Atravessando a cidade até acessar a MG 135, no sentido Itacarambi, seguir por cerca de 53 quilômetros até o Distrito de Fabião I, município de Januária, onde fica a entrada do parque. 

Contato: (38) 3623-1038 (Whatsapp) / (38) 3623-1039
cavernas.peruacu@icmbio.gov.br
Instagram: @cavernasdoperuacu
Facebook: @cavernasdoperuacu

Consulte o Planejo de Manejo da Unidade de Conservação clicando aqui, aqui e aqui.



5 – Parque Nacional Serra do Cipó (Santana do Riacho) 
A 100 km de BH


O Parque Nacional Serra do Cipó é uma Unidade de Conservação federal de proteção integral, criado em 1987, nos municípios de Santana do Riacho, Jaboticatubas, Morro do Pilar e Itambé do Mato Dentro, na região central do estado. A região é famosa pelas belezas naturais, especialmente as cachoeiras e rios, além de 40 sítios arqueológicos. A gestão é do ICMBio.

No parque encontram-se abrigos utilizados para rituais de enterramentos de até 10 mil anos. Na área do Parque foram catalogados seis sítios arqueológicos onde o visitante pode contemplar rochas com pinturas rupestres, como as no alto do Travessão, na Cachoeira de Congonhas, na “Pedra do Elefante”, no “Curral do Zeca” e na estrada de Lapinha da Serra a Congonhas da Serra, entre outros.

O parque está aberto a visitação todos os dias, inclusive feriados. Atualmente estão abertos os atrativos da Portaria Areias (Cachoeira da Farofa, Capão dos Palmitos, Cânion das Bandeirinhas, Circuito das Lagoas, Mirante do Bem) e Portaria Alto Palácio, em Morro do Pilar, pela MG-010, km 124 (Cachoeira Congonhas e Travessão). É necessário a contratação de guias/condutores, pois as trilhas não estão sinalizadas. 

O horário de entrada é de 8h às 14h, com saída até 17h. Há limite de 150 visitantes por dia, sendo a entrada por ordem de chegada, sem sistema de agendamento prévio. O parque possui diversas opções de camping e hospedagem para turistas. O caminho, saindo de BH, é pela Linha Verde (Vetor Norte), via MG-10, no sentido rumo à Lagoa Santa. 

Contato: (31) 3718-7151/(31) 3718-7475 
parna.serradocipo@icmbio.gov.br
Instagram: @parquenacionaldaserradocipo
Facebook: @ParqueNacionaldaSerradoCipo 

Consulte o Planejo de Manejo da Unidade de Conservação clicando aqui, aqui e aqui.



6 – Parque Estadual da Cerca Grande (Matozinhos
50 km de BH


O Parque Estadual da Cerca Grande, no município de Matozinhos, na RMBH, é uma Unidade de Conservação estadual de proteção integral, criada em 2010, e único sítio arqueológico tombado em nível nacional pelo Iphan em Minas. O tombamento foi realizado em 1962 devido ao maciço calcário com centenas de desenhos rupestres, sobretudo de animais. A gestão é do IEF.

A região onde está situado o parque é considerada o berço da arqueologia e foi visitada pelo naturalista e paleontólogo dinamarquês Peter Lund, considerado Pai da Arqueologia Brasileira, em 1835, pelo seu trabalho de pesquisa do patrimônio arqueológico no Brasil. Aqui você conhece o processo de tombamento digitalizado pelo Iphan. 

Grutas e Lapas abertas apenas para pesquisadores e para objetivos educacionais, com agendamento prévio. Não há estrutura de hospedagem. O horário de entrada é de 07h às 17h, de segunda a sexta-feira e de 07h às 11h aos sábados. 

O caminho, saindo de BH, é pela Linha Verde (Vetor Norte), via MG-10, no sentido rumo à Matozinhos.

Contato: (31) 3712-8118/(31) 3712-8394 
parque.cercagrande@meioambiente.mg.gov.br
Facebook: @ief.pecg

Consulte o Planejo de Manejo da Unidade de Conservação clicando aqui.

#aja

Ao longo da série especial Rota Lei.A | Uma viagem pela arte rupestre de MG, mostramos os conceitos básicos para se compreender o que são os sítios arqueológicos e, em especial, os grafismos rupestres. Também conhecemos histórias de avanço irracional do poder econômico sobre o patrimônio cultural dos povos, as dificuldades institucionais enfrentadas pelos cientistas brasileiros, o trabalho de restauração e os cuidados na visitação.

Mas o elemento central de todas as iniciativas de proteção é o cidadão. Somente a organização da sociedade civil, em prol dos territórios, de seus recursos naturais e patrimônios culturais, poderá, efetivamente, dar mais racionalidade à gestão e à preservação desses espaços. Cobre de gestores públicos e governos a proteção e a estruturação adequada desses espaços. 

Confira o depoimento dos profissionais que colaboraram neste conteúdo sobre a importância de se garantir a perenidade dos sítios arqueológicos para as próximas gerações. Afinal, eles são insubstituíveis. Destruí-los é apagar a possibilidade de compreensão da história da humanidade, e da sua história em particular. #conheça #monitore #aja

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