Série especial é a contribuição do Lei.A para um debate sério e fundamentado sobre os problemas ambientais da capital
Nesse primeiro episódio, a história do nascimento da metrópole, surgida do planejamento, da esperteza e da violência
#Aja: Lei.A traz dicas de como agir nesse período eleitoral para que o Meio Ambiente não seja apenas tema de discurso ou post festivos dos candidatos nas redes sociais
Nós, do Observatório Lei.A, lançamos agora uma série especial sobre Belo Horizonte, cujo objetivo é contribuir com conhecimentos sobre importantes questões ambientais da cidade e despertar a reflexão sobre elas, justamente quando o país passa por mais um período de eleição de novos prefeitos e legisladores municipais. A forma que escolhemos para isso é contar histórias da capital, de seu surgimento aos dias atuais.
No processo de pesquisa para a produção dos seis episódios, nos deparamos com uma triste constatação. É notável o descompasso entre os ideais iniciais da cidade – desde a escolha por um nome descritivo até o título de “cidade jardim” – com o que ela se tornou 122 anos depois de sua inauguração. O que deu errado entre o sonhado e o realizado?
Não há aqui nenhuma intenção crítica à administração A ou B. Ao contrário, a história de Belo Horizonte que vamos contar indica se tratar de uma obra coletiva. Um somatório de muitas escolhas erradas, decisões impensadas, retrocessos ambientais planejados e cumplicidade do poder público para com a devastação do meio ambiente, seja ele natural, patrimonial ou urbanístico.
Nesse primeiro episódio, intitulado “O longo trabalho de parto”, vamos mostrar que a identidade original de BH era profundamente conectada à ideia de cidade planejada para ser sustentável, amena, ventilada, arborizada, cortada d’água e cercada por montanhas. Por que, ao longo das décadas, caminhamos justamente no sentido contrário?
Por que, eleição após eleição, administração após administração, legislaturas após legislaturas, a Belo Horizonte encantadora por sua relação com a natureza não passa de um personagem fictício para marqueteiros de campanhas eleitorais ou postagens de políticos em rede social? Com o conteúdo dividido em seis episódios dessa série “Belo Horizonte, Meio Ambiente e Eleições 2020”, nós, do Lei.A, esperamos contribuir para que todos possam monitorar e agir com o intuito de mudar esse rumo da história.
#Conheça #Monitore #Aja
EPISÓDIO 1: O longo trabalho de parto
#Conheça
A primeira tentativa de tirar de Ouro Preto o status de capital das Minas Gerais, em 1789, terminou em forca.
Durante o Império também foram infrutíferas todas as iniciativas. Inclusive uma delas chegou a ser votada e aprovada pelo Legislativo mineiro, mas o presidente da província recusou-se a sancioná-la porque Minas estava falida.
Na última tentativa, a que deu certo, em 1894, o engenheiro Aarão Reis, chefe da influente Comissão de Construção da Nova Capital (CCNC), escolheu outro lugar para a construção da moderna sede do governo. Belo Horizonte? Não.

São João del Rei e Várzea do Marçal (Élisée Reclus, 1885)
Fonte: alamy.com
Segundo o relatório da CCNC, a Várzea do Marçal, atual Colônia do Marçal, hoje um bairro da cidade de São João del Rei, na região Campos das Vertentes, era o local mais indicado entre todos os pontos estudados. Por que então vingou a segunda colocada? Tem história aí.
Coincidência ou premeditação?
Quatro anos antes, um juiz de paz havia solicitado, sob sugestão do Club Republicano, a mudança de nome do Curral Del Rei para “Bellorisonte”, então um distrito de Sabará — nos diz o relato deixado pelo jornalista Joaquim Nabuco Linhares, em 1903, hoje preservado graças ao Arquivo Público Mineiro.
O governador João Pinheiro não se opôs. A República tinha apenas quatro meses de vida e tentava apagar da memória tudo que remetesse ao Império, mesmo o nome de uma modesta povoação escondida detrás dos montes.
Belo Horizonte foi batizada antes de existir. A lei que a estabeleceu, Artigo 3o da Constituição de Minas, nem havia sido discutida. Não existia a Comissão de Construção da Nova Capital e muito menos estudo prévio das potenciais localidades aptas a serem a nova capital. Justamente aí estava o problema.
Segundo o geógrafo e professor Alessandro Borsagli, a retirada da capital de Ouro Preto dividiu à época a política mineira entre “mudancistas” e “não-mudancistas”. Uma das muitas trocas de acusações era que especulava-se escandalosamente com terras devolutas, ou seja, públicas, no antigo Curral del Rei.

Planta Cadastral do Arraial de Bello-Horizonte (CCNC/1894).
Fonte: https://mapahistoricobh.wixsite.com/historicobh/p01-curral-del-rey
A disputa política
A renúncia do marechal Deodoro da Fonseca, que deixou a Presidência da República depois de apenas dois anos, acusando o Congresso e a imprensa de intransigência, foi uma ducha de água fria nas promessas da fada republicana. Nesse clima de instabilidade e nervos à flor da pele, Minas Gerais iniciava uma penosa Constituinte Estadual. Aprovar a mudança da capital foi um parto. Mas para onde? Era todo um novo problema.
Sempre que o texto ia a plenário, voltava cheio de emendas dos parlamentares, cada um a puxar a sardinha da nova capital para o seu curral eleitoral. Se um deles indicou Barbacena, a emenda seguinte dizia Juiz de Fora, a próxima Piumhi, a outra Catas Altas…

Lei Adicional número 1/Constituição de Minas Gerais (1891)
Fonte: Arquivo Público Mineiro (Plataforma Hélio Gravatá)
No afunilamento final, em 1893, que representava, na verdade, a força e o rearranjo das alianças, à medida que as cidades menores saíam do páreo, restaram dois concorrentes. A Várzea do Marçal, que havia aglutinado mais apoiadores nas duas primeiras votações; e o local chamado Belo Horizonte, o Curral del Rei à republicana.
A manobra regimental
Com a tensão insuportável em Ouro Preto, chegando às raias da violência entre os dois grupos, o presidente da Constituinte, Bias Fortes, usou o regimento e transferiu a sessão da votação final para Barbacena, seu berço político.
Com a manobra, vista por muitos como inaceitável, a corda esticou. Vários deputados, em protesto, não compareceram para a votação. Com o quórum baixo, venceu Belo Horizonte por 30 votos a 28.
Em 17 de dezembro de 1893, pela promulgação da Lei Nº 3 da Constituição Estadual, a sede do governo transferia-se formalmente para a região chamada Belo Horizonte, onde deveria ser construída a nova capital.
O nome ganhou uma cidade. O batismo recebeu seu corpo
Muito felizes ficaram as pessoas do antigo Curral del Rei com a notícia. A capital traria oportunidades para a modesta gente que lá vivia há dois séculos à espera de algum progresso.

Maquete do Arraial de Curral del Rei
Fonte: Arquivo Público Mineiro (Coleção Municípios Mineiros)
Planejamento, desprezo ao “velho” e violência
A altitude, o clima, a abundância de águas e a ondulada serrania ao redor ofereciam condições excelentes para se planejar uma cidade. Desde o primeiro risco no papel, BH foi pensada para se contrapor às insalubres e decadentes cidades do tempo imperial.
“Às ruas fiz dar a largura de 20 metros, necessária para a conveniente arborização, a livre circulação dos veículos, o tráfego dos carros e trabalhos da colocação e reparações das canalizações subterrâneas”, escreve o engenheiro Aarão Reis, no relatório de 1895, sobre a planta definitiva da capital.
De acordo com o professor Alessandro Borsagli, não restou praticamente ninguém daqueles que festejaram por seu pedaço de chão ter se tornado a capital. Belo Horizonte foi construída em cima do velho Curral Del Rei. Não sobrou nada do núcleo central.

Antiga Matriz de Nossa Senhora da Boa Viagem do Arraial de Curral del Rei.
Fonte: wikipedia.org
Mesmo a igreja da Boa Viagem original, ao estilo Barroco, que remetia à arquitetura do período colonial, foi arrasada. Não houve aproveitamento sequer de uma ideia de centro histórico. Três mil pessoas tiveram de emigrar.
O primeiro patrimônio dilapidado de Belo Horizonte foi a memória apagada
O mesmo Bias Fortes, então presidente do Congresso Estadual quando da aprovação da mudança da capital, era o governador recém-eleito encarregado de inaugurar a nova sede do governo. BH foi entregue em solenidade pública poucos dias antes do final do prazo, embora ainda cheia de mato e com canteiros de obras inacabadas.
Em meio a elas, estavam centenas de córregos, riachos e rios. No seu belo horizonte, uma esplêndida cadeia de morros. Por todos os seus cantos, matas densas e ao cair da tarde, o soprar de um vento ameno e constante.

Inauguração de Belo Horizonte, 1897.
Fonte: wikipedia.org
Próximos episódios: o que mais vem por aí
Aqui, nós, do Lei.A, trazemos um resumo dos temas que iremos abordar nos próximos episódios da série especial “Belo Horizonte, Meio Ambiente e Eleições 2020”.
#Monitore
Episódio 2: “Cadê o belo horizonte que estava aqui?”
Em 1919, um jovem de 17 anos, quase a mesma idade da capital, desembarcava na Estação Central vindo no trem da cidade de Corinto. Vinha realizar os exames do concurso para telegrafista da Agência Central de Belo Horizonte.
“A cidade, nova e em plena expansão, vivia mais do cenário em que fora construída. Uma verdadeira cinta de serranias fechava o horizonte, no qual se destacavam festivais de cores ao amanhecer e ao pôr-do-sol”, recordou em suas memórias o candidato a telegrafista, Juscelino Kubistchek.
No entanto, esse horizonte, que deixou JK e outros tantos boquiabertos, não existe mais. Essa é a afirmação do geógrafo e professor Alessandro Borsagli, um estudioso que reuniu diversos acervos e os organizou na internet, com informações, ilustrações, documentos e artigos sobre a história da capital (curraldelrei.blogspot.com).
“A mina de Águas Claras mudou o perfil da Serra do Curral para sempre. Foi um rebaixamento considerável, de mais de um quilômetro e meio de extensão”, disse Borsagli. “Muita gente hoje, as gerações de 20, 30 anos para cá, olham para Serra do Curral e nem imaginam que já houve um alinhamento montanhoso muito mais bonito e interessante. Que, inclusive, faz parte do brasão do município de Belo Horizonte”.
A destruição do horizonte, que deu o nome e a identidade à cidade, será o tema do segundo episódio da série.
Episódio 3: “A cidade jardim perdida”

Avenida Afonso Pena, Belo Horizonte (década de 1930)
Fonte: Arquivo Público Mineiro / curraldelrei.blogspot.com
Como a Serra do Curral, são numerosas as referências na história e na literatura ao túnel formado pela copa dos fícus que existiam na avenida Afonso Pena, no centro de Belo Horizonte.
De um “estrangeiro”, como Mário de Andrade, poeta modernista acostumado à frenética e áspera São Paulo do início do século XX, o encantamento pela capital mineira ganhou registro com o seu Noturno de Belo Horizonte:
“Maravilha de milhares de brilhos e vidrilhos,
Calma do noturno de Belo Horizonte…
O silêncio fresco desfolha das árvores
E orvalha o jardim só.
Larguezas.
Enormes coágulos de sombra.
A polícia entre rosas…”.
Na madrugada de 20 de novembro de 1963, funcionários da prefeitura deceparam os 350 fícus da Afonso Pena, destruindo o buquê de sombras, símbolo maior que dava a Belo Horizonte o título de “cidade jardim”.
O outro símbolo para tal alcunha, o colossal Parque Municipal, encravado no coração da cidade, já havia sido esquartejado na década de 1930. Dos 600 mil metros quadrados originais, restaram os atuais 180 mil.
No fim da vida, o escritor Pedro Nava, registrou seu desapontamento com o que fizeram com o Parque Municipal da sua juventude:
A cidade jardim perdida é o tema do nosso terceiro episódio.
Episódio 4: “O lixo nosso de cada dia”
No fim da vida, o poeta Carlos Drummond de Andrade acertou contas com o passado em poemas melancólicos e nostálgicos sobre os lugares onde viveu. Belo Horizonte mereceu um bem amargo.
“Por que não vais a Belo Horizonte? A saudade cicia e continua, branda: volta lá”, escreveu em 1977. “Tudo é belo e cantante na coleção de perfumes das avenidas que levam ao amor, nos espelhos de luz e penumbra onde se projetam os puros jogos de viver. Anda! Volta lá, volta já”.
Entre as décadas de 1960 e 1970, Belo Horizonte viveu dias de caos sob montanhas de lixo. Faltava água frequentemente na região Central, e o próprio Arrudas foi represado diversas vezes por barragens de lixo em seu leito.
Depois disso, BH aprendeu muito sobre a gestão de resíduos — da criação da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), da Prefeitura de Belo Horizonte, em 1973, à Associação dos Catadores de Papel, Papelão e Material Reaproveitável (Asmare), em 1990, que se tornou referência nacional em reciclagem, inspirando modelos semelhantes em todo o país.
Mas veio o século XXI e junto dele, o desaprender rápido de como tratar os resíduos.
“Sossega minha saudade. Não me cicies outra vez o impróprio convite. Não quero mais, não quero ver-te, meu Triste Horizonte e destroçado amor”, encerrava a questão o itabirano Drummond. Morreu sem voltar.
A difícil relação de BH com o lixo será o tema do quarto episódio da série especial “Belo Horizonte, Meio Ambiente e Eleições 2020”.
Episódio 5: “O ar que tentamos respirar”

foto: Daniel Camargos/EM/D.A Press – 27/8/13
No relatório do engenheiro Samuel Pereira, encarregado pela Comissão Construtora da Nova Capital (CCNC) pelo estudo da região do antigo arraial de Curral del Rei, o clima foi descrito como ameno e salubre, com invernos bem marcados e brandos, e verões suaves e úmidos.
A altitude e a topografia contribuíam para a temperatura média de 22o C e 73% de umidade relativa do ar. O clima agradável e a densa arborização fizeram de BH um local terapêutico para doenças respiratórias, como a tuberculose.
É conhecida a história do compositor Noel Rosa, que veio viver em Belo Horizonte, em 1935, para se tratar da tuberculose. Mas ao invés do sanatório no Barreiro, o boêmio hospedou-se na Floresta e tornou-se habitué das caminhadas noturnas próximas ao novíssimo viaduto de Santa Tereza, onde ficava até a alta madrugada a tocar violão.
Mas o reinado do ar puro e curador durou pouco. Sua Majestade, o carro, governou a cidade a partir da década de 1940. Junto dele veio a verticalização mal planejada, a mineração na Serra do Curral, sumiram as praças e canteiros centrais.
O ar que tentamos respirar será o tema do quinto episódio.
Episódio 6: “Os rios enterrados vivos”

Projeto Entre rios e ruas / Isabela Prado (UFMG)
Fonte: Aline Xavier e Roberto Bellini (divulgação)
O mesmo Pedro Nava, quando chegou a BH, em 1921, foi viver como agregado na casa de primos que vieram antes dele do interior, espécie de moradia coletiva entre o cortiço e a república familiar.
Ele achava soberba a chuva de Belo Horizonte. “É quando se ouve o gemido dos caudais descendo os declives procurando o Arrudas, enchendo o Rio das Velhas, o São Francisco. Choram as calhas e beirais – mais alto, mais baixo, espaçando, apertando…”.
Arrudas, Acaba Mundo, Cercadinho, Serra, Mangabeira, Leitão, Lagoinha, Pinto, Barro Preto, Cardoso e Onça. São nomenclaturas absolutamente familiares ao belorizontino. São os nomes dos grandes córregos, que batizaram as diversas regiões da capital.
O antigo arraial do Curral Del Rei guardava 82 nascentes, cinco lagoas, dois grandes córregos (Arrudas e Acaba Mundo) e muitos afluentes. Você deve estar se perguntando: “mas onde está tudo isso hoje?”.
De caudal de águas para a cidade dos rios enterrados vivos, sob os nossos pés. Esse será o tema do último episódio dessa série especial.
Lei.A super indica
Enquanto ainda não lançamos os próximos episódios, convidamos você a conhecer alguns dos locais, acervos e instituições pelas quais nós, do Lei.A, passamos para construir o resgate histórico feito nesse primeiro episódio da série especial.
Coleção “BH. A cidade de cada um” | Lançada em 2004, a coleção tem por objetivo registrar um acervo de memórias afetivas vividas nos espaços de Belo Horizonte e entre sua gente.
Arquivo Público Mineiro | É a mais antiga instituição cultural de Minas (1895) e tem como missão conservar e classificar documentos com valor histórico.
curraldelrei.blogspot.com | Blog mantido pelo geógrafo e professor Alessandro Borsagli com rico acervo de informações, fotos, mapas e artigos sobre a história de Belo Horizonte.
Mapa Histórico Digital de BH | Projeto sobre o processo histórico-espacial de construção da nova capital, por meio da análise dos principais elementos da sua estrutura urbanística e territorial.
Museu Histórico Abílio Barreto | Fundado em 1943, no casarão da antiga sede da fazenda do Leitão, o museu guarda precioso acervo de documentos e objetos sobre a história da cidade.
#Aja
Monte a agenda ambiental da sua cidade. Mobilize. Monitore. Cobre!
Em tempos de eleições municipais, onde vamos eleger os próximos prefeitos e vereadores, aumenta a nossa responsabilidade cidadã de agir para evitar retrocessos ou exigir avanços na área ambiental.
Pensando nisso, nós, do Lei.A, montamos algumas sugestões do que você pode fazer. Serve também para quem não é de Belo Horizonte, pois em todo município, a defesa pelo meio ambiente deve ser prioridade de qualquer governante ou legislador.
Para quem não é de BH, deixamos a sugestão para que juntem um grupo de pessoas e façam uma ação voltada a fomentar a presença das pautas ambientais em todas as discussões e debates eleitorais. Segue o fio:
Passo 1 | Pesquise, descubra e liste especialistas e estudiosos sobre o Meio Ambiente da sua cidade. Peça a eles que detalhem as principais questões ambientais que deveriam estar na agenda de discussão dos candidatos.
Passo 2 | Edite esse conteúdo de forma a deixá-lo o mais simples possível. Afinal de contas, queremos que o máximo de pessoas possível compreenda os temas que iremos debater.
Passo 3 | Reúna um grupo de mobilizadores; exponha suas ideias; mostre a importância de impedir que as eleições passem sem que os temas ambientais se tornem compromisso dos candidatos.
Passo 4 | Mapeie veículos de imprensa, influencers digitais, grupos de discussões e até mesmo personalidades públicas nascidas na sua cidade e que se interessariam em ajudar nessa campanha. Lance nesse locais e junto a essas pessoas o desafio de propagar essas discussões até que cheguem aos candidatos.
Passo 5 | Crie uma ou várias hashtags relacionadas a esses pontos levantados e publique nas suas redes, marcando os candidatos ou, até mesmo, comente com a hashtag em todos os posts ou disparos que receber dos candidatos e de seus apoiadores. Peça que a rede que você criou no “Passo 4” faça o mesmo e de forma articulada.
Passo 6 | Todas as vezes que um tema ambiental estiver em discussão, exija um posicionamento concreto dos candidatos sobre essas temáticas e exponha aqueles que se negarem a se posicionar. Faça um print das respostas (ou a falta delas) para cobrá-los num segundo momento.
Passo 7 | Espalhe pela cidade (de forma física ou virtual) mensagens provocando as pessoas a pensarem a água, o lixo, o uso da terra, a exploração do solo, entre outras questões fundamentais para o futuro da cidade. Lembre a elas de pensar nisso quando forem votar.
Passo 8 | Depois das eleições, não deixe o grupo se desmobilizar.
Passo 9 | Compareça às reuniões públicas, como da Câmara de Vereadores e dos conselhos municipais de meio ambiente, urbanismo e patrimônio cultural. Esteja presente em solenidades públicas onde possa cobrar o prefeito sobre algum compromisso de campanha não cumprido.
Passo 10 | Mantenha uma rede de defesa do meio ambiente na sua cidade e incentive a presença desse tema nas rodas de discussões sobre política que você estiver.