Estação Ecológica de Arêdes é tema de nova oficina do Lei.A

Evento será realizado no sábado, dia 28, no distrito de São Gonçalo do Bação, em Itabirito e incluirá técnicas para registro fotográfico e uma visita a Arêdes

O observatório Lei.A – Conhecimento e Ação pelo Meio Ambiente vai realizar durante todo o próximo sábado, dia 28, uma nova oficina em São Gonçalo do Bação, distrito de Itabirito. Assim como foi feito em outros dois eventos promovidos pelo Lei.A, o objetivo é agir como facilitador para empoderar cidadãos, coletivos e entidades da sociedade civil. O distrito é vizinho da Estação Ecológica de Arêdes, atingida por uma lei Frankenstein que eliminou mais de cem hectares em áreas protegidas desta unidade de conservação em benefício de uma mineradora cujas barragens sequer tinham estabilidade garantida segundo a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam).

O evento será realizado das 9h às 18h e começará na sede do Grupo de Teatro de Sao Gonçalo do Bação (Rua Nova, 52). A oficina está dividida em dois momentos. Pela manhã, no próprio distrito, que é abastecido por nascentes protegidas pela estação ecológica, serão repassadas técnicas e dicas para registro fotográfico e gravação de vídeos com celulares e informações gerais sobre a Estação Ecológica de Arêdes, ressaltando sua importância ambiental e ecológica. A parte da tarde será dedicada a uma visita à estação ecológica, para aplicar a teoria obtida na primeira etapa da oficina e conhecer de perto as riquezas de Arêdes. A entrada é gratuita

Para saber mais sobre a lei Frankenstein que prejudicou Arêdes e os desdobramentos que ocorreram entre o ano passado e o atual mês, confira aqui , no blog o Lei.A.

 

Moção

Na tarde de ontem, o Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos Brasil) decidiu enviar ao governador de Minas Gerais, aos deputados estaduais e ao Ministério Público Estadual uma moção alertando para as graves consequências da alteração dos limites da Estação Ecológica de Arêdes.   

Segundo a carta, tal mudança na áreas da estação foi realizada sem a transparência e o diálogo necessário e também foi desprovida de qualquer avaliação técnica, o que coloca em risco o patrimônio arqueológico e natural que até então estava protegido por lei. Segundo o presidente do Icomos Brasil, Leonardo Barci Castriota, “a moção representa a preocupação do Icomos para que esse patrimônio natural e cultural não seja descaracterizado”.

O Icomos é uma organização não governamental presente em diversos países e que atua como consultor para a implementação de patrimônios mundiais. É um associado da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

 

Oficinas já realizadas

A primeira oficina realizada pelo Lei.A ocorreu no dia 8 de abril, em parceria com a ONG Abrace a Serra. Durante a atividade, ambientalistas históricos que atuam na entidade debateram técnicas de comunicação para mobilização social. O objetivo da oficina também foi ampliar a comunicação direta entre os defensores da Serra da Moeda e a população mineira.

Também em abril, o Lei.A realizou em Congonhas o seminário “Barragens: da Não Construção ao Rompimento”, que reuniu moradores de Congonhas que vivem há anos o fantasma de um rompimento de barragem e atingidos de Mariana, Barra Longa e Gesteira, que viveram o drama de perder tudo após o rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015.

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