Encontro promovido pelo Lei.A entre atingidos por barragem em Mariana e moradores de Congonhas ganha vídeo do Jornal A Sirene

Produção destaca capacidade dos ativistas em cobrar direitos, criar redes e se comunicar diretamente com a população. 

A comunicação é uma das ferramentas mais fortes que a sociedade possui para conhecer, monitorar e agir em defesa do meio ambiente. Nesse sentido, o Lei.A promoveu uma oficina para reunir os atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão em Mariana e a população dos bairros residenciais de Congonhas que estão aos pés de barragens de rejeito na cidade.

O encontro inédito foi o mote do seminário “Barragens: da Não Construção ao Rompimento”, realizado em abril, na cidade de Congonhas, em parceria com o coletivo Margarida Alves e o Jornal A Sirene. Cerca de 60 moradores participaram da atividade.

Saiba mais sobre o encontro neste vídeo produzido pelo Jornal A Sirene, veículo mantido pelos atingidos da Barragem de Fundão com o apoio do Ministério Público e da Arquidiocese de Mariana.

 

Troca de experiências

Além dos atingidos, participaram do seminário em Congonhas comunicadores, engenheiros, advogados, juristas e ambientalistas. Foram discutidos temas como estratégias de atuação conjunta em audiências públicas, a tradução de documentos técnicos sobre barragens para a linguagem popular, canais para articulação direta entre os atingidos e os órgãos de governo e a criação de redes capazes de aumentar a capacidade de ativistas e entidades ambientalistas em se comunicar diretamente com a população (Saiba mais sobre a atividade aqui).

Ao todo, o Lei.A já promovou três oficinas sobre midiativismo e meio ambiente. A primeira atividade ocorreu no dia 8 de abril em parceria com a ONG Abrace a Serra. Durante  o encontro, ambientalistas históricos que atuam na entidade debateram técnicas de comunicação para mobilização social. O objetivo da oficina também foi ampliar a comunicação direta entre os defensores da Serra da Moeda e a população mineira (Saiba mais sobre atividade aqui).

Já a segunda oficina foi realizada, no dia 28 de abril, em São Gonçalo do Bação, na zona rural de Itabirito. A comunidade é vizinha da Estação Ecológica de Arêdes, atingida por uma lei Frankenstein que eliminou mais de cem hectares em áreas protegidas desta unidade de conservação em benefício de uma mineradora cujas barragens não tinham estabilidade garantida segundo a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam).

Pela manhã, foram discutidas técnicas e dicas para registro fotográfico e gravação de vídeos com celulares. Já a parte da tarde foi dedicada a uma visita à estação ecológica para aplicar a teoria obtida na primeira etapa da oficina e conhecer de perto as riquezas de Arêdes (Saiba mais sobre a atividade aqui).

“Todas as oficinas que o Lei.A promove são solicitações das próprias comunidades. Nosso papel, com o apoio do Ministério Público de Minas Gerais, é o de agir como facilitadores para empoderar cidadãos, coletivos e entidades da sociedade civil para que possam se comunicar melhor e de forma mais direta com a população”, destaca Leonardo Ivo, integrante do Lei.A e presidente da Associação dos Observadores do Meio Ambiente e do Patrimônio Cultural de Minas Gerais.

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